quinta-feira, 12 de julho de 2012

Economia Verde e Econegócios


LUIS FELIPE - sexta, 25 maio 2012
 
Olá Pessoal, 
Hoje, em vez de fazer perguntas, trouxe respostas! 
Vejam as respostas, opiniões e definições para econegócios, negócios sustentáveis, design thinking e lean startup. 
Agora é a vez de vocês fazerem e responderem as novas perguntas. 
Quais as dúvidas que ficaram ou que surgiram na leituras destes conceitos? Vamos varrer as discussões sobre a Rio+20 e a Cúpula dos Povos.
Vambora Pessoal, 

Patrícia - sexta, 25 maio 2012
 
Vamos lá então! 
Quanto a Econegócios e Negócios Sustentáveis. Pelo material fornecido fica exaustivamente clara a diferença entre um e outro (confesso que nem consegui terminar de ler, pela repetição). A pergunta é: um negócio sustentável não pode ser também um econegócio e vice-versa? Eu acredito que sim. Acredito que podem existir negócios com uma proposta de ser "eco" e que sejam também sustentáveis. A Quinta da Estância Grande, por exemplo: criada para ser um atrativo turístico com foco em educação ambiental, é Carbon Free e tem dentre seus valores a responsabilidade sócio ambiental. Como vocês classificariam essa empresa? Econegócio? Negócio Sustentável? Ou ambos? 
http://www.quinta-da-estancia.com.br/quem/quem.htm
Sobre Design thinking, achei fantástico o conceito, principalmente no tocante à aprendizagem coletiva. Como no exemplo que o Márcio trouxe na aula, do modo de aquecer os bebezinhos na Índia, em que primeiro se entende como funciona a coisa no dia-a-dia do (possível) consumidor, para então desenhar um produto que seja acessível e se ajuste às necessidades existentes. 
Achei um videozinho no youtube bem legal que traz o conceito de maneira reduzida: a entrevistadora comenta que o "designer gênio" não é o que o mercado precisa, e que com a co-criação o negócio dá mais certo. http://www.youtube.com/watch?v=q53Q2i9HC8I
Sobre Lean startup, se percebe semelhanças com design thinking, ambos são processos com foco no usuário, envolvendo aprendizado e testes. No site (http://theleanstartup.com/principles) falam também em inovação, no sentido de inovar de acordo com o que o consumidor já deseja e ter clientes já desenvolvidos ao lançar o produto, isso tudo com agilidade, como eles buscam demonstrar nessa figura:




Patrícia - sexta, 25 maio 2012
 
continuando...
Tem um grupo no Brasil (http://www.meetup.com/Lean-Startup-Rio/) para discutir Lean Startup! Escreveram "lanzados" ao invés de lançados (na página), mas tudo bem... O último evento deles foi no dia 5 de maio, mas embora esteja escrito que a proposta é se reunir uma vez ao mês, pelos registros postados no site isso não acontece. 
O site oficial, que coloquei na postagem acima, parece super comercial, embora algumas informações estejam ali para quem as queira, "de graça", fiquei com essa impressão. Até mesmo por algumas expressões meio que "mágicas" como Eliminate Uncertainty (se for clicando nas caixas, até a que diz Lean Startup Process in Detail vão chegar numa página que tem a imagem de antes, e um texto que começa dizendo que o processo pode ser ensinado. Não que propaganda ou comércio sejam coisas ruins, não quero dizer que por ser comercial seja ruim, apenas me deu essa impressão forte de apelo. 
Vocês acham que é possível eliminar a incerteza usando Lean Startup?

Ana Paula - sábado, 26 maio 2012
 
Boa noite povo,
A partir de um site que a Patricia indicou no Facebook (vejam!!!), encontrei uma entrevista com o chamado "guru das startups" Eric Ries, que saiu na Revista Exame no início desse mês. De acordo com o autor, é preciso deixar o plano de negócios na gaveta, não desperdiçar tempo e dinheiro em um produto completo e escutar o que o cliente tem a dizer.
Na teoria lean startup ou startup enxuta, os empreendedores devem utilizar o mínimo capital e esforço possível – e colocar o produto em teste no mercado. São os próprios consumidores que irão dizer onde melhorar, o que gostam ou não e até quanto pretendem pagar por aquilo. Neste modelo, o fracasso não é tão grave assim. Ries afirma que “o fracasso é inevitável, porque empreendedorismo é extremamente incerto”. 
Ainda, diz que os empreendedores acreditam que são uma exceção a regra e falam que com eles tudo vai dar certo. Todos nós frequentemente erramos em detalhes. Entretanto, algumas vezes, erramos em detalhes importantes, como se alguém realmente vai usar o seu produto. Já que é inevitável, é melhor fracassar o quanto antes. O que Ries tenta ensinar aos empreendedores é superar seus fracassos de forma rápida e indolor, para que possam aprender como ter sucesso a partir do erro.  Empreender é difícil. Para quem realmente quer empreender e tem uma ideia para mudar o mundo, a lean startup pode aumentar as chances de sucesso.
Além disso, Eric Ries deixa um conselho para os empreendedores brasileiros: “O meu conselho é o mesmo que dou a todos os empreendedores do mundo. Lembre-se de que tudo o que você faz em uma startup é um experimento científico e que você precisa aprender algo com ele. Se você não estiver aprendendo com a atividade que está fazendo, não faça. Se você encontrar uma maneira de fazer essa experiência ser mais barata, faça isso”.
No final da entrevista, tem um trecho do livro “A Startup Enxuta”, lançado recentemente no Brasil. Entrevista na íntegra: http://exame.abril.com.br/pme/startups/noticias/o-fracasso-e-inevitavel-diz-guru-de-startups.
Respondendo à pergunta da Pati, acredito que as incertezas/os riscos não podem ser eliminados, mas podem ser reduzidos a partir das ferramentas propostas pela lean startup – além de evitar perdas de tempo, dedicação e dinheiro! Nem sempre o que eu acredito ser a última maravilha do mundo é o que o resto do povo acha. Penso que a lean startup proporciona uma nova visão sobre os negócios! É preciso repensar o modo como as empresas são criadas.
Encontrei no mesmo site, uma matéria sobre cinco “startups” brasileiras que deram certo.  A matéria fala da história de empreendedores brasileiros que criaram negócios de sucesso com poucos recursos e alto potencial de crescimento (http://exame.abril.com.br/pme/startups/noticias/startups-brasileiras-que-deram-certo?p=1#link).
1. Boo-box: apoio dos amigos certos fez a diferença. A plataforma que permitia colocar anúncios relevantes em conteúdos de mídias sociais, como blogs, foi mantida no início com recursos próprios e com a ajuda de parcerias “estratégicas”. Em 2007, a boo-box ficou famoso ao aparecer no badalado blog de tecnologia TechCrunch. Logo, a jovem startup recebia 300 mil dólares de investimento do fundo de capital de risco Monashees Capital. Foi o impulso necessário para a empresa começar a decolar, embora a operação tenha se mantido enxuta nos anos seguintes. Os esforços compensaram: neste ano, a companhia finalmente atingiu seu ponto de equilíbrio e recebeu uma nova rodada de investimento da Monashees em parceria com a Intel Capital.
2. Biruta Mídias Mirabolantes:  A agência de inovação em marketing Biruta Mídias Mirabolantes nasceu em 1997. Durante cinco anos, a empresa fechava todos os anos no zero a zero. Foi somente em 2003, quando entrou para a incubadora Iniciativa Jovem, no bairro de Santa Teresa, Rio de Janeiro, que a Biruta finalmente entrou nos eixos. Em apenas 4 meses, a empresa faturou seu primeiro milhão e, hoje, atende clientes do porte de Antártica, Banco do Brasil e Carrefour.
3. Buscapé: dos R$ 400 aos R$ 342 milhões. O site de comparação de preços Buscapé nasceu no ano 1999 com um investimento modesto: 400 reais mensais tirados do bolso do bolso dos sócios para manter o site no ar. Para que o projeto decolasse, foi preciso vencer a desconfiança dos varejistas, que não tinham interesse em abrir seus preços para serem comparados na internet. Dez anos mais tarde, os quatro fundadores venderam 91% das ações do negócio por nada menos que 342 milhões de dólares. A empresa se tornou o maior site de comparação de preços da América Latina, com mais de 65 milhões de acessos mensais.
4. Predicta: aprendendo com os erros. Fundada em 2000 com 80 mil reais, levantados com a ajuda de amigos e parentes, a empresa teve que aprender a se adaptar logo de cara. A ideia inicial dos fundadores do negócio era vender ingressos de cinema, shows e peças de teatro pela internet. Mas, pela falta de retorno, os sócios decidiram mudar os rumos do negócio e apostar na análise de publicidade online. A empresa deve encerrar este ano com 22 milhões de reais de faturamento e atuação em toda a América Latina.
5. Videolog: o precursor brasileiro do You Tube. A plataforma nasceu de forma despretensiosa - “a princípio gastamos apenas 2 reais, o dinheiro para comprar papel e caneta e planejar”, brinca seu fundador. Entretanto, logo recebeu um investimento de 80 mil reais do bolso dos próprios fundadores. O investimento começou a ser recuperado a partir de 2007, quando o site firmou uma parceria com o portal UOL. O site fatura não só com publicidade, mas também prestando serviços de consultoria para produtores e recebendo comissão por colocá-los em contato com possíveis contratantes
Estes exemplos foram devidamente classificados como exemplos de startups?

Ismael - sábado, 26 maio 2012
 
Na minha opinião, independente de qualquer técnica ou ferramenta de gestão que se venha a adotar, será impossível eliminar as incertezas, até porque elas são inerentes ao negócio e às atividades que realizamos. E convenhamos, a incerteza é importante para que tenhamos surpresas, vitórias e conquistas. É o charme da coisa.
Agora o pessoal que afirma que o Lean Startup elimina a incerteza está equivocado, é uma jogada para atrair o pessoal mesmo. No resumo que está disponível para nós, em nenhum momento apareceu esta possibilidade. Então creio que haja equívoco nisso.
O objetivo do Lean Startup é "minimizar incertezas" e "minimizar desperdícios" no lançamento de um negócio ou mercado através da interação e colaboração entre vários atores, principalmente o público-alvo.

Ismael - sábado, 26 maio 2012
 
Sobre o comentário da Ana acerca da entrevista do Eric Ries, que diz que é "preciso deixar o plano de negócios na gaveta, não desperdiçar tempo e dinheiro em um produto completo e escutar o que o cliente tem a dizer".
Eu gostei muito da ideia do Lean Startup, e realmente se ela for implementada pode oportunizar muitos benefícios e oportunidades. Agora vir a dizer que é preciso deixar o plano de negócios na gaveta é um pouco exagerado. O Plano de Negócios tem o seu valor e quando bem realizado é fundamental para os novos empreendedores e para o lançamento de um novo produto. Além disso, o Plano de Negócios também leva em consideração a opinião do público-alvo. 
Portanto, minha opinião é saber aproveitar os benefícios de cada técnica e ferramenta de gestão, e sobretudo, saber qual delas adotar e em qual momento.

Patrícia - domingo, 27 maio 2012
 
Muito interessante a reportagem que a Ana trouxe! E que bom ter uma "palhinha" do livro do Ries também!
Notaram que nos exemplos que a Ana postou as empresas estão no setor de serviços? Será pelo crescimento do setor, ou talvez pela maior facilidade de "testes" por internet? E sobre o questionamento da Ana, que lançou a dúvida se essas startups podem ser classificadas como "lean", fiquei com bastante dúvida. Cadê o Márcio para esclarecer? Comparando o exemplo que ele falou em aula, do software que não foi desenvolvido, apenas colocaram um botão para ver se haveria interesse, e contaram os clics, cadastrando os interessados. Diferente disso, o Buscapé, por exemplo, desenvolveu todo o software e colocou no ar, o que aconteceu foi que o mercado confirmou, ou validou o sistema, valorizando e rentabilizando para os sócios. E então? Lean ou não? 
Depois da dica da Ana, mexendo mais na revista Exame.com, encontrei uma base de startups, bem interessante: http://exame.startupbase.net/startup

Patrícia - domingo, 27 maio 2012
 
Sobre plano de negócios, concordo totalmente com o Ismael. Tem seu valor, considera o cliente, estuda os cenários e público alvo, e, principalmente, tem a parte dos planos de ação, que direcionam as atividades em busca dos objetivos. Mas entendo que o Ries critica o fato da demora em construir o Plano todo, e na verdade o que ele propõe (me parece) é uma adaptação considerando o dinamismo do mercado: não se tem tempo a perder, então o ideal seria talvez um "Lean business plan"!!!

Alan - domingo, 27 maio 2012
 
Olá pessoal!
Patrícia, a respeito da classificação do negócio que a Quinta da Estância atua, acredito que possa ser tanto econegócio como negócio sustentável. Isso porque o objetivo do projeto é ser um atrativo turístico com foco em educação ambiental (apesar de não resolver um problema ambiental direto, está resolvendo indiretamente) e tem todas as ações promovidas na fazenda que tornam o negócio sustentável (tem preocupação ambiental, social e econômica).
Acho que parece ser mais fácil um negocio sustentável ser um econegócio do que o contrário. Tornar um negócio sustentável é mais difícil (mas não impossível).
Bem interessante o conceito do lean startup...parece ser uma ajuda e tanto no início de um empreendimento ou até mesmo do lançamento de um novo produto no mercado. Porém, também concordo que o Plano de negócios é imprescindível, até porque o empreendedor aprende com ele (mas ao mesmo tempo, me parece que com um lean startup ele aprenderia ainda mais na prática...será???).

Anelise - domingo, 27 maio 2012
 
Oi pessoal, boa noite!
Apesar de ter ficado bem entusiasmada com o conceito, eu também concordo com os colegas que o Design Thinking não substitui o plano de negócios. Entendo que ele pontencializa o planejamento estratégico, trazendo uma visão mais centrada no cliente e com soluções inovadoras. E acho que a partir deste ponto conseguimos fazer o link com os econegócios, ou mesmo os negócios sustentáveis. Pelo que pesquisei do design thinking, ele enxerga que um problema complexo tem muitas variáveis e a solução deve atender a diversos interesses, como por exemplo: Como crescer economicamente sem consumir o planeta? De forma geral é toda uma revisão de pensamento, e acredito que deva ser o que novas e atuais empresas devam fazer, se reinventar, pois os interesses mudaram e o alerta socio ambiental está mais latente do que nunca. Gosto da idéia do Thinking pois nos remete a pensar diferente e nesse sentido podemos repensar embalagens, repensar produtos, repensar tecnologias, repensar formas de consumo e produção...

Fernando - domingo, 27 maio 2012
 
Não seria uma forma de aplicação das Estratégias Emergentes e Deliberadas, do Mintzberb, Ahlstrand e Lampel?

Ana Paula - segunda, 28 maio 2012
 
Boa noite, povo!!
Recortei algumas partes das respostas às perguntas que o Felipe postou, que eu achei bem interessantes e acredito que possam contribuir para o nosso debate.
Quando falamos em “econegócios” e “negócios sustentáveis” estamos falando da mesma coisa, ou são conceitos diferentes?
Econegócio e negócio sustentável se diferenciam no sentindo em que o econegócio se refere a um segmento de mercado, enquanto que o negócio sustentável caracteriza as ações da empresa. Enquanto o econegócio é criado com uma destinação específica e voltado à solução de problemas ambientais, o negócio sustentável é vinculado à prevenção desses problemas. Um negócio sustentável não necessariamente precisa ser um econegócio.
O negócio sustentável é um conceito ligado às políticas e estratégias das organizações, que refletem ações vinculadas às dimensões da sustentabilidade. Além disso, penso que podemos vincular a diferença desses conceitos com a questão da medicina preventiva – as ações voltadas para reduzir o impacto causado e as ações voltadas a prevenir a ocorrência desses impactos.
O que é design thinking?
O design thinking busca descobrir as necessidades e/ou dificuldades do usuário (need finding) para, posteriormente, criar e testar ideias que resolvam a problemática inicial – as pessoas são colocadas no centro do desenvolvimento da solução. Nestes projetos, predominam o trabalho em equipe, criatividade, colaboração, foco no usuário e baixos custos para melhor viabilização. O design thinking é considerado a habilidade de combinar a compreensão do contexto do problema, criatividade na geração de percepções e soluções e a racionalidade de analisar e decidir quais soluções se aplicam ao contexto. Não existe apenas uma solução possível, é preciso analisar de acordo com três aspectos: viabilidade (negócio), factibilidade (tecnologia) e desejabilidade (pessoas). O foco do design thinking é a inovação sobre produtos, criando novas experiências e novas funcionalidades. 
O que é lean startup?
O conceito de lean (pode ser traduzido como “enxuto”) envolve a identificação e eliminação sistemática de desperdícios. A lean startup parte do princípio que tanto o problema (necessidade do cliente) quanto a solução (produto) são desconhecidos, e que a descoberta de ambos é um processo interativo que aglutina o desenvolvimento do produto com atividades com o consumidor. Sua principal premissa é de que quanto maior a velocidade e menor o custo de cada grande interação maiores são as suas chances de sucesso. A lean startup envolve métodos ágeis de desenvolvimento de produtos e uma interação constante com os usuários para testar diferentes hipóteses de como o produto pode se encaixar no mercado. Se assemelha ao design thinking no sentido da prototipagem, isto é, antes de mandar um produto para o mercado, deve-se testá-lo. Além disso, outro ponto em comum com o design thinking é o envolvimento dos clientes acelerando o processo com seus feedbacks.
O método vem gradualmente ganhando adeptos no Brasil, mas muitos empreendedores ainda interpretam as práticas de forma equivocada – em parte, devido à dificuldade de compreensão do material original em inglês, em parte porque a ideia é muito nova e tem poucas referências de aplicação. Talvez aí esteja minha dúvida do post anterior (se as empresas foram devidamente classificadas). Talvez, as práticas não venham sendo aplicadas em sua totalidade justamente pelo fato de ser um conceito novo no mercado. Então, o que precisamos fazer para que as ferramentas sejam introduzidas na maneira de pensar os negócios?

Patrícia - segunda, 28 maio 2012
 
Não creio que as duas juntas, mas talvez a emergente.
Segundo os autores que o Russo cita, a estratégia deliberada focaliza o controle, enquanto a emergente focaliza o aprendizado. E "... o conceito de estratégia emergente abre a porta para o aprendizado estratégico, porque reconhece a capacidade da organização para experimentar. Uma ação isolada pode ser empreendida, o feedback pode ser recebido e o processo pode prosseguir até a organização convergir sobre o padrão que passa a ser sua estratégia." (Safari de Estratégia, 2000, pg. 143)
A estratégia emergente estaria inserida no que Mintzberg, Ahlstrand e Lampel chamam de "escola do aprendizado", e assim pode se relacionar bem com conceito de lean startup. Por outro lado, ao organizarem as "escolas" em dimensões, os autores descrevem a do aprendizado com a mensagem de "jogar em vez de seguir", e usam como palavras-chave "incrementalismo, estratégia, fazer sentido, espírito empreendedor, aventura, defensor, competência essencial". Por essas última considerações, vendo o aspecto de "aventura" que é associado ao espírito empreendedor, o aprender de Mintzberg et al. pode não se aplicar exatamente a lean startup, porque me parece que a intenção de Ries ao criar esse conceito é minimizar a "aventura" de empreender através de testes anteriores, ou seja, a experimentação e o aprendizado ocorrem de forma planejada. 
Mas... Ries também reconhece que errar faz parte da atividade empreendedora e que o importante é aprender com os erros, portanto, talvez a gente deva convidar esses meninos todos pra uma mesa redonda, não é mesmo? 

Ana Paula - segunda, 28 maio 2012
 
Sobre o plano de negócios, concordo com o Ismael - cada ferramenta deve ser bem analisada para que se compreenda o melhor momento para se aplicá-la. Na minha opinião, o plano de negócios ainda é considerado o roteiro ideal para delinear o retrato do mercado e do produto/serviço. Dessa maneira, fica mais difícil indicar seu desuso; a ideia do plano de negócios está enraizada nas empresas.
Ainda, de acordo com o Sebrae, o plano de negócio não é um documento fechado e esquecido em uma gaveta, mas um projeto vivo que o empreendedor deve manter sempre atualizado. A preparação de um plano de negócios exige persistência, comprometimento, pesquisa, trabalho duro e criatividade (http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/vou-abrir/consulte-a-viabilidade/plano-de-negocio/integra_bia/ident_unico/1440).
Será que podemos vincular a ideia do plano de negócios com as ferramentas do startup thinking? Retirar um pouco a ideia de manual de "como fazer", de igual, de repetitivo do plano de negócios, e passá-lo a ver como um meio para que o conceito do startup thinking seja aplicado (assim, o conceito seria mais difundido pelas empresas?)? Ou será que esses conceitos/ideias/ferramentas não podem ser relacionados? Não sei se dei uma viajada aqui, mas acredito que os benefícios de cada ideia podem ser unificados para trazer benefícios a todas as partes interessadas!

Valeria - segunda, 28 maio 2012
 
Oi pessoal
Já que alguns citaram o Eric Ries, vocês conhecem um blog de autoria dele chamado Startup Lessons Learned? http://www.startuplessonslearned.com/
Ali ele fala um pouco sobre a dificuldade de entendimento do conceito e a confusão que é feita entre os termos ser enxuto e ser barato. Fala também do lançamento de um livro de Brant Cooper e Patrick Vlaskovits, com introdução feita pelo próprio Eric Ries. O livro se chama The Lean Entrepreneur - How entrepreneurs are navigating risk and uncertainty. É uma coletânea de histórias de empreendedores que estão adotando o conceito de lean start-up, em todos os setores (desde música a tecnologia) e como estão aplicando isso, mesmo em mercados de muita incerteza e risco (tema levantado pela Pati num dos posts já colocados no nosso fórum). Vale a pena dar uma olhadinha!
Abraços

Alan - segunda, 28 maio 2012
 
Ana, criaste um novo conceito? "startup thinking"
hehehe...acho que era pra ser lean startup...e esse sim poderia ser uma nova ferramenta dentro do plano de negócios..seria como colocar uma unidade piloto produzindo lançar o produto no mercado para teste. Porém, vejo algumas dificuldades também com relação a isso, porque mesmo começando na frente dos concorrentes, eles poderiam ter a capacidade de lançar um produto bem semelhante ao mesmo tempo..acredito que por este motivo os casos apresentados de lean startup na maioria correspondem a serviços que utilizam a internet como ferramenta base do negócio.

Fernando - segunda, 28 maio 2012
 
É, de repente esses meninos avançam na visão do elefante. rs
“Como ninguém teve a visão para enxergar o animal inteiro, cada um tocou uma ou outra parte e prosseguiu em total ignorância a respeito do elefante. Somando as partes, certamente teremos um elefante(...)”. Mintzberg e outros (2000, p. 13).

Patrícia - segunda, 28 maio 2012
 
Encontrei uma dissertação da área da computação, de outubro de 2011, que fala sobre desenvolvimento de software, e aborda o conceito de lean statup enquanto metodologia. Bem interessante. Cita o Ries, dizendo que a abordagem de lean startup seria a aplicação dos conceitos de lean thinking (que vem lá da indústria automobilística) no processo de criação de produtos e de inovação em condições de incerteza elevada, e acrescenta que qualquer funcionalidade só vai se tornar útil depois de validada pelo mercado. 
Na dissertação ele chama a atenção para o fato de que as empresas de software normalmente buscam reduzir os custos de processo, esquecendo o mercado, e a aplicação de lean statup seria uma possível solução para os fracassos decorrentes desse erro que é a produção de funcionalidades desnecessárias.
O foco central da dissertação é "métodos ágeis", mas achei interessante por trazer uma aplicação prática do conceito lean, semelhante o exemplo citado pelo Márcio em aula do desenvolvimento de funcionalidades em software.
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/45/45134/tde-11042012-102429/pt-br.php

Alan - segunda, 28 maio 2012
 
Bah pessoal, eu acho que fui infeliz ao brincar com a Ana pelo "startup thinking".
Dei uma procurada e existe o conceito mesmo. Seria uma junção do design thinking e lean startup... 
Achei esses dois sites, mas estou ainda lendo pra entender..:P
http://www.theequitykicker.com/2010/12/17/applying-lean-startup-thinking-to-raising-money/
http://startupowl.com/resources/before-you-start/strategic-thinking/
Abss...

Uiara - segunda, 28 maio 2012
 
Sobre o plano de negócios... E complementando o que a Ana e o Ismael postaram...
Compartilho o que vimos na aula de economia hj.. Um plano de negócios é muitos mais interessante quando as empresas não apresentam um conhecimento único para o desenvolvimento de um negócio, ou seja, quando o tipo de firma que se inserirá no mercado, irá concorrer diretamente com os concorrentes. Nesse caso, o plano de negócios, serve para que essa empresa alcance os conhecimentos dos demais concorrentes, para que ela saiba o que seus concorrentes sabem, reduzindo a incerteza, o que faz com que os custos de transação tendam a zero entre essas empresas.
Já para o caso de uma empresa que entra no mercado com uma especificidade tecnológica, tanto faz ela ter ou não um plano de negócios, porque o que ela detém em conhecimentos não é "páreo" para as demais empresas no mercado. Enfim, eu juro que nunca tinha pensado dessa forma, mas é um ponto de vista interessante.
Até mais

Ana Paula - segunda, 28 maio 2012
 
Alan, era só pra ver quem tá ligado e lendo os posts antigos! hehe
Na verdade, eu me referia ao conceito de lean startup. Nada como um colega atento para corrigir meu pequeno erro. Mas pelo visto não estou tão errada assim (vivas!!!)! Acredito que os conceitos de lean startup e design thinking podem ser integrados para serem utilizados pelas empresas! Vou dar uma olhada no material, acredito que deve ter muita coisa interessante nos sites!
Ana

Uiara - segunda, 28 maio 2012
 
Pesquisei a relação entre lean thinking e a sustentabilidade e encontrei o seguinte site: http://www.leanthinkingcommunity.org/
A Lean Sustainability, que tem como pilares: continous improvement, lean people leadership, e lean value kit. Na verdade esse site eh de uma consultoria e tem lean “tudo”, porque tem lean healthcare, lean construction, lean services, Lean Supply Chain Management… enfim, talvez pode ser mais propaganda… a força do hábito, como colocar “eco” nos produtos. Mas de qualquer forma, é uma forma de associar os temas.
Gostei da idéia de usar o design thinking para a inclusão social, onde cada vez mais empresas, ONGs e governos estão seguindo a adoção do Design Thinking para resolver problemas sociais, visto a visão estar centrada no ser humano.
O Design Thinking também é muito importante para o desenvolvimento de inovações: http://www.hsm.com.br/editorias/inovacao/design-thinking-para-acelerar-inovacao
Vi aquele site que a Patrícia nos mandou o link pelo face (http://theleanstartup-brasil.com.br/2012/05/24/valor-x-desperdicio/) e lá uma frase me chamou a atenção: “Qualquer esforço que não seja absolutamente necessário para descobrir o que os consumidores desejam é desperdício e deve ser eliminado”. Mas fiquei pensando na Apple... quando Steve Jobs, CEO da Apple, disse em 1995 para a BusinessWeek: “É difícil desenhar produtos por focus groups. Muitas vezes, as pessoas não sabem o que querem até você mostrar para elas”. Bah, e agora? Parece que existem casos e casos, quem sabe quando se trata de necessidades mais básicas as pessoas saibam o que querem e em casos de supérfluos a situação seja diferente, por se tratar de algo que nunca foi pensado antes, enfim....Alguém tem alguma idéia sobre isso??

Valeria - segunda, 28 maio 2012
 
Uca, pelo que entendi da aula do Paulo de hoje, especificamente, é que se quem está entrando no mercado tem um conhecimento que só ele detém, incorporado/materializado em tal especificidade tecnológica que não se compara ao que já existe no mercado, ele (o entrante) não deve perder tempo fazendo o plano de negócios, pois isso só o igualaria aos demais integrantes do mercado. Isso me despertou para uma forma de "ver as coisas" completamente diferente do que eu "tinha como certo" até então.
Lembrei de uma situação que aconteceu há alguns anos, quando eu insisti em fazer um plano de negócios, com pesquisa de mercado, de bairro (para definir a localização), tudo bonitinho, para um amigo que tinha uma ideia muito legal de negócio e ele me dizia que isso só ia fazê-lo perder tempo. Agora entendo que ele estava coberto de razão e que às vezes a gente fica preso a um modelo, um padrão de ensino/aprendizado e não conseguimos ver o que "salta aos olhos". E aqui, se quisermos, podemos trazer a complexidade de Morin para ilustrar como há formas diferentes de enxergar o mundo e como temos necessidade de nos agarrarmos a algo conhecido, padronizado, para nos sentirmos seguros... se seguirmos com Morin, a discussão não tem mais fim.
Sobre o plano de negócios, acho-o válido para negócios que não trazem uma especificidade tecnológica que caracterize uma inovação, ou seja, para fazer o que os outros já fazem. Nesse caso é válido se igualar a todas as firmas.
Muito interessante como tudo vai se juntando aos poucos e no seu devido tempo: hoje de manhã na reunião do GPS, enquanto assistíamos a palestra da prof. Beatriz, eu comentava com a Paola como não somos os mesmos estudantes de março (é como se o "produto acadêmico de março" fosse diferente do "produto acadêmico" de abril, usando a linguagem de mercado Zawislakiana, haha).
Beijo,

Ana Paula - segunda, 28 maio 2012
 
Povo,
Trago para vocês o exemplo da empresa Ama Terra, eco-nveniência (http://www.amaterra.com.br/). De acordo com o site, a empresa surgiu da percepção de uma lacuna de mercado quanto a um negócio especializado na venda de produtos e serviços sustentáveis. Tratava-se de um negócio pioneiro e inovador, por englobar o econegócio e o e-commerce. Isso exigiu uma longa fase de testes de aceitação dos produtos, observação do público-alvo, testes em várias plataformas de comércio eletrônico etc. Em 2010, a empresa passou por uma reestruturação, terceirizando alguns serviços, reposicionando-se no mercado e mudando sua sede para Nova Friburgo (esta última por ajustes de custos e afinidade com a causa ecológica). Em termos de estrutura da internet, a empresa conta com um portal institucional para geração de conteúdo para os clientes, uma loja virtual e um site para atendimento a empresas. Para quem tiver curiosidade, o vídeo explica a história da Ama Terra (http://www.youtube.com/watch?v=zQkXq_temfE&feature=youtu.be). Atualmente, a Ama Terra conta com o apoio do Sebrae/RJ. 
Ainda, o site informa que a Ama Terra é uma empresa especializada na comercialização de produtos sustentáveis para varejo e atacado, e na divulgação de informações sobre sustentabilidade - tendo a internet como ferramenta catalizadora desse processo. A empresa trabalha com uma linha de produtos exclusivamente sustentáveis e 100% fabricados no mercado nacional. O produto sustentável é aquele que tem inserida a responsabilidade sócio-ambiental em ao menos um estágio de sua cadeia produtiva. Os produtos são divididos em duas categorias: (a) produtos ecológicos e (b) produtos do comércio justo e solidário.
Então, dentro do que a gente vem discutindo, a empresa Ama Terra seria um econegócio ou um negócio sustentável? Acredito que a empresa pode ser considerada um econegócio e um negócio sustentável. Observo que, ao mesmo tempo em que trabalha em um segmento de mercado para reduzir os impactos ambientais, também atua na prevenção de impactos - ao utilizar matéria-prima reciclada, renovável ou em fibras naturais, produtos biodegradáveis, produtos que envolvam algum processo artesanal em sua produção (gerando ganhos para famílias de baixa renda), produtos que estimulem a reciclagem e a educação ambiental.

Gabriele - terça, 29 maio 2012
 
Oiii pessoal,
Encontrei uma matéria que fala sobre a consciência ecológica revolucionando os negócios, que também mostra o exemplo da empresa Ama Terra, que a Ana falou (http://www.yousol.com/j/index.php?option=com_content&task=view&id=10977&Itemid=602). 
A matéria diz que, por acreditar no paradigma sustentável, o casal Laurence e Alexsandra inaugurou a loja Ama Terra, uma das pioneiras na comercialização de produtos naturais e reciclados. Na loja, o casal trabalha com itens de decoração artesanal à base de bambu e fibra de açaí, além de camisetas de fibras de garrafas PET recicladas, rupas de algodão orgânico e ecobags de algodão cru. O casal trabalha atualmente com a implementação de um sistema de franquias da loja, com o slogan "Adquira uma franquia diferente, rentável, moderna e do bem" (http://www.amaterra.com.br/seja-um-franqueado/).
A matéria aborda o ecoturismo, com a agência Trilhas do Rio, especializada em atividades ao ar livre e passeios por roteiros naturais (trilhas leves e moderados, passeios de bike e viagens no final de semana). A empresa oferece também serviços de assessoria esportiva e ecoconsultoria, e tem registrado crescimento de 30 a 40% ao ano. Aqui, acho que se caracteriza como econegócio.
Ainda, fala da empresa Extracta Moléculas Naturais, que tem trabalhado no desenvolvimento de antibiótico natural, de origem vegetal, que pormete ser mais eficaz do que os já disponíveis no mercado para combater infecções de bactérias resistentes. A empresa conta com uma coleção de mais de 40 mil extratos animais e vegetais retirados da Mata Atlântica e da Amazônia, usados para testes e desenvolvimento de novos produtos, principalmente para as indústrias farmacêutica, fitoterápicos e cosméticos. De acordo com o proprietário, o mercado tem sido alavancado pelo desenvolvimento de políticas públicas de incentivo à competitividade industrial na saúde e programas de financiamento à inovação tecnológica. Vejo esta empresa como um econegócio (essa coisa de extrair da natureza não me soa muito bem...).

SABRINA - terça, 29 maio 2012
 
Certamente não somos mais os mesmos, e o pessoal que tá a mais tempo no mestrado e os do doutourado podem confirmar: ainda mudaremos muito nossas formas de pensar e de ver o mundo!
Quanto ao plano de negócios, concordo com o pessoal, tem certos tipos de negócio que não suportam um plano estruturado. Pois planos são para aquele tipo de empresa que ja existe no mercado, e que será igual ao que ja existe no mercado. Afinal, um plano vai alinhar a empresa ao nível das demais. Para um negócio inovador nunca pode ser feito um plano, por exemplo. (O que não quer dizer que não precise de planejamento, de estratégia... não é isso!)
Então, seguindo esta lógica, como uma startup é um negócio diferente do que já existe (para alguns estudiosos, enquanto para outros é qualquer tipo de negócio que esteja iniciando), acredito que um plano de negócios não são úteis. Porém, nas minhas pesquisas encontrei um terceiro conceito de startup, Segundo Yuri Gitahy, especialista em startups:
"Uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza.
Apesar de curta, essa definição envolve vários conceitos:
- Um cenário de incerteza significa que não há como afirmar se aquela ideia e projeto de empresa irão realmente dar certo - ou ao menos se provarem sustentáveis.
- O modelo de negócios é como a startup gera valor - ou seja, como transforma seu trabalho em dinheiro. Por exemplo, um dos modelos de negócios do Google é cobrar por cada click nos anúncios mostrados nos resultados de busca - e esse modelo também é usado pelo Buscapé.com. Um outro exemplo seria o modelo de negócio de franquias: você paga royalties por uma marca, mas tem acesso a uma receita de sucesso com suporte do franqueador - e por isso aumenta suas chances de gerar lucro.
- Ser repetível significa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada, sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente. Isso pode ser feito tanto ao vender a mesma unidade do produto várias vezes, ou tendo-os sempre disponíveis independente da demanda. Uma analogia simples para isso seria o modelo de venda de filmes: não é possível vender a mesmo unidade de DVD várias vezes, pois é preciso fabricar um diferente a cada cópia vendida. Por outro lado, é possível ser repetível com o modelo pay-per-view - o mesmo filme é distribuído a qualquer um que queira pagar por ele sem que isso impacte na disponibilidade do produto ou no aumento significativo do custo por cópia vendida.
- Ser escalável é a chave de uma startup: significa crescer cada vez mais, sem que isso influencie no modelo de negócios. Crescer em receita, mas com custos crescendo bem mais lentamente. Isso fará com que a margem seja cada vez maior, acumulando lucros e gerando cada vez mais riqueza."

SABRINA - terça, 29 maio 2012
 
Gente.. achei um site de um jogo que liga os conhecimentos sobre negócios sustentáveis e educação para a sustentabilidade. O nome é Jogo Negócio Sustentável, achei muito interessante para ser usado em aulas, segue o site:
http://www.negociosustentavel.com/si/site/0001?p=jogo-de-empresas-sustentabilidade
Ó Professor!! #ficaadica hehe (Só o preço que é meio salgadinho)

Patrícia - terça, 29 maio 2012
 
Pessoal, no mestrado/doutorado da Economia tem uma disciplina chamada Desenvolvimento Sustentável, que trata assuntos ligados a nossa área, dentre eles a Economia Verde! Achei bem interessante...
1. Conceitos de Desenvolvimento: evolução do pensamento sobre Desenvolvimento Sustentável;
2. A Abordagem dos Ecosistemas;
3. Tendências de Longo Prazo de Gerenciamento Ambiental;
4. Segurança Alimentar;
5. Fome Zero: interface entre bem-estar e segurança alimentar;
6. Economia Verde e Bem-Estar humano;
7. O Nexo Pobreza e Meio-Ambiente;
8. Criação de Entitulamentos e Fome Crônica;
9. Crescimento Populacional e Desenvolvimento Sustentável;
10. Técnicas de Mapeamento de Pobreza e Degradação Ambiental;
11. Exploração de Recursos Reprodutivos e Externalidades Ambientais;
12. Desenvolvimento Humano e Sustentabilidade Econômica;
13. Políticas Conservacionistas na Amazônia Brasileira: entendendo os dilemas;
14. Gênero e Meio-Ambiente;
O programa completo da disciplina está nesse link: http://www.ufrgs.br/ppge/disciplinas/ecop43.pdf.
Os horários deles são diferentes, é por trimestre, começa dia 18 de junho e vai até 06 de setembro, e as matrículas iniciam dia 04 de junho, e as aulas são nas terças das 8h30 às 12h10.

Patrícia - terça, 29 maio 2012
 
Uca, sobre esse comentário relacionado à Apple, eu entendo que por mais inovadora que essa empresa seja, a lacuna era clara - ao menos na cabeça do falecido Jobs. Um Ipod, pra pegar o exemplo mais simples. Então ninguém sabia que queria até que a Apple fez? Bem, mas as pessoas já escutavam música em walk man, disk man, décadas antes, então na verdade o que fizeram foi melhorar algo que já vinha sendo muito usado. Imagine não precisar ficar trocando de cd, ter horas e horas de música em um aparelho que cabe no bolso, que não pesa, que pode ser usado durante exercício físico, ou viagem, enfim... Não precisa testar. É o que eu penso, pelo menos. É óbvio que as pessoas vão querer, elas já usam algo semelhante, mas "pior"!!
O que os caras da lean dizem dos testes eu penso que serve para algo que ainda não existe, e de novo comparando com produto da Apple, o Ipad na primeira tentativa não decolou, se tivessem usado o método lean e testado, poderiam antes daquele primeiro lançamento ter desenvolvido o que faltava.
Então, eu penso que, a não ser que você seja um visionário, é melhor testar, e se é pra testar, que seja de forma a não gastar a toa.

Ismael - terça, 29 maio 2012
 
Mudando um pouco o teor das discussões, mas ficando ainda dentro do assunto da aula, nada se falou sobre o Business Model Canvas, apresentado pelo Márcio em aula.
Acredito que valha a pena comentar que utilizar esta metodologia para entender/definir o negócio de uma organização é muito interessante e salutar. E no momento em que se consegue expressar todo o negócio da empresa em 9 aspectos (building blocks), isso é uma façanha.
Posso dizer que já apliquei esta metodologia em uma empresa que trabalhei, e foi interessante, trabalhoso e ao mesmo tempo desafiador. Mas o resultado foi fantástico, pois sabia-se "tudo", ou podia-se falar da empresa e do seu negócio com apenas um slide. Acredito desta forma, que pode-se adotar também, o Business Model Canvas para compreender as ECO organizações. O resultado é lean e de grande valor. Então, como ideia, poderia se adotar o BMC como uma forma de compreender se uma empresa é um econonegócio ou um negócio sustentável.
Acho que seria uma ideia interessante de se fazer e comparar várias organizações.

Marcio - terça, 29 maio 2012
 
Fala gurizada,
Aqui não dá para bobear, é só demorar um pouco para entrar no fórum que o debate já se alongou tanto que fica até difícil acompanhar (a sobrinha vai ter que receber bem para sistematizar tudo, einh Raquel? =P). E para completar a Ana ainda fica fazendo pegadinha para ver quem está acompanhando o “passo-a-passo” do fórum… eheheh.
Debater sobre conceitos como econegócios, negócios sustentáveis, design thinking, business model canvas e lean startup é bastante desafiador, já que não são teorias consolidadas no campo dos estudos organizacionais, são conceitos emergentes sobre objetos de estudos que também são emergentes… a experimentação e o aprendizado “as you go” estão realmente enraizados no objeto, nos conceitos e, por consequencia também no debate!
O meu entendimento sobre econegócios e negócios sustentáveis é o seguinte: a ideia de econegócio se relaciona a aproveitar uma oportunidade de mercado relacionada à solução ou tratamento direto de uma questão ambiental ou ao oferecimento de uma solução “verde” em substituição de outra “cinza”, ou seja, o mais importante é o produto e o “fim” do negócio. São exemplos de econegócios para mim:
- http://www.institutocidadejardim.com.br/) - comercializa telhados verdes;
- http://www.acquasave.com.br/ - soluções para aproveitar água da chuva;
- A Quinta da Estânciam, citada pela Patrícia.
Já um negócio sustentável deve ter um “fim”, mas também “meios” sustentáveis. Um econegócio pode ser um negócio sustentável, mas nem sempre o é. Por exemplo, um econegónio que empregue mão de obra escrava é “eco”, mas não é sustentável, em especial em relação ao social. Ao que parece a Quinta da Estância é um econegócio que também é um negócio sustentável, por respeitar os princípios do triple bottom-line. Sei que parece uma maneira meio “reduzida” de ver as coisas, mas foi assim que organizei os conceitos na minha cabeça. Alguém conhece teóricos que debatam o tema?
Sobre o Design Thinking, a melhor maneira de descrevê-lo é como design inteligente. O livro referência para o tema é http://www.amazon.com/Change-Design-Transforms-Organizations-Innovation/dp/0061766089, do Tim Brown. Traz a definição e vários exemplos. O exemplo que trouxe na aula é da Embrace, pode ser conferido em um video de 6min do TED: http://www.ted.com/talks/jane_chen_a_warm_embrace_that_saves_lives.html. Os pontos que mais me chamam a atenção são a ideia de imersão na realidade dos “clientes-usuários” e a co-criação, em um processo mais aberto e participativo de design. Utilizado com sabedoria pode ser um recurso incrível, em especial para novas empresas com recursos limitados.
Sobre Lean Start-Up, fora o que compartihei na aula, acho que a ferramenta mais importante e que pode ser aplicada em outros contextos que não o de tecnologia é o “Customer Development Model”, desenvolvido por Steve Blank em http://www.amazon.com/The-Four-Steps-Epiphany-Successful/dp/0976470705. O Eric Ries pegou o conceito, aplicou no próprio contexto e o fez evoluir, para depois lanças o livro “The Lean Start-up”. O segundo livro do S. Blank, http://www.amazon.com/The-Startup-Owners-Manual-Step-By-Step/dp/0984999302/ref=sr_1_1?s=books&ie=UTF8&qid=1338313481&sr=1-1, detalha passo a passo a metodologia refinada por anos de experimentação e pela adição de pitadas de Business Model Canvas =). É bom salientar que é uma ferramenta mais aplicável à realidade de iniciativas novas, mudando um pouco a realidade ao falarmos de grandes empresas.
Associada à abordagem em favor de “menos planos de negócio, mais negócios” está a teoria do “Effectuation” (http://effectuation.org/), uma abordagem mais voltada para o aprendizado e mão na massa. Saras Sarasvathy desenvolve o conceito nos livros “Effectuation and Causation” e "Effectual Entrepreneurship". O resumo da abordagem está em http://en.wikipedia.org/wiki/Effectuation.
Na onda de inovação e start-ups, sugiro buscarem informações sobre a quirky, empresa bem interessante de Nova Iorque – uma reportagem curta do Mundo S/A dá informações legais: http://www.youtube.com/watch?v=Lnn_GyJjE98
Sobre as diversas novas questões colocadas no fórum:
“Vocês acham que é possível eliminar a incerteza usando Lean Startup?” Eliminar não, mas reduzí-la a ponto de conseguir vantagens em relação aos concorrentes, SIM!
Ana: “Estes exemplos foram devidamente classificados como exemplos de startups?” Para responder precisamos definir Start-Ups – se seguirmos a linha do Eric Ries, iniciativas comerciais em lançamento em condições de incerteza, SIM =)
Sobre o plano de negócios, acho que é superestimado. O que o Eric Ries quer transmitir a ideia de que não adianta gastar meses desenvolvendo um plano de negócios que terá que ser modificado assim que a empresa começar a ter contato com a realidade do que realmente querem os clientes – não “focus groups”, mas sim a realidade do mercado. Não significa não planejar, mas sim tornar os ciclos de PDCA mais curtos e rápidos, permitindo às empresas aprendem e traduzir os aprendizados em RECEITA. É perigoso pegar uma frase de reportagem da “Contigo do Executivo Brasileiro” e afirmar que aquilo é a teoria do cara. Investidores continuam querendo uma formalização dos planos da empresa, que podemos chamar de plano de negócio, mas simplesmente escrevê-lo não é e nunca foi suficiente, pois uma parte significativa do seu conteúdo são HIPOTESES a serem testadas com clientes reais em processos reais de comercialização, o que só acontece “getting out of the building”.
“Notaram que nos exemplos que a Ana postou as empresas estão no setor de serviços? Será pelo crescimento do setor, ou talvez pela maior facilidade de "testes" por internet?” Empresas de serviço normalmente não demandam recursos iniciais grandes para “produção” e portanto surgem com mais facilidade. E como a internet auxilia a que empresas de serviços possam ganhar alguma escala, sendo “produtizadas”, acaba sendo o caminho da maioria.
“E sobre o questionamento da Ana, que lançou a dúvida se essas startups podem ser classificadas como "lean", fiquei com bastante dúvida. Cadê o Márcio para esclarecer? Comparando o exemplo que ele falou em aula, do software que não foi desenvolvido, apenas colocaram um botão para ver se haveria interesse, e contaram os clics, cadastrando os interessados. Diferente disso, o Buscapé, por exemplo, desenvolveu todo o software e colocou no ar, o que aconteceu foi que o mercado confirmou, ou validou o sistema, valorizando e rentabilizando para os sócios. E então? Lean ou não?”
É beeeeem difícil fazer generalizações, mas mais importante do que desenvolver ou não o software com antecedência, é a ideia de aprender rápido, melhorar o produtos e os processos constantemente e traduzir estes aprendizados na conquista de mais clientes e geração de mais receita. Portanto, sem saber como foi a abordagem durante o início das operções dos negócios, é impossível dizer se uma empresa é ou não Lean. =)
Bom, depois posto mais alguma coisa!

Rafael - terça, 29 maio 2012
 
Olá Pessoal, seguem alguns vídeos interessantes:
Vídeo oficial do rio + 20
http://www.youtube.com/watch?v=KPVqTotfqHU
E outro de um econegócio/ Ou seria apenas reciclagem de garrafas PET?
 http://www.youtube.com/watch?v=rAO3nyyDdtM
Pra mim reclicagem...

Valeria - terça, 29 maio 2012
 
Oi pessoal,
MUITO LEGAL os exemplos e links que o Márcio postou. Não deixem de ver o vídeo da Quirky!! Foi uma grande sacada do fundador da empresa! Algumas coisas me chamaram a atenção e me fizeram estabelecer algumas relações com o conteúdo que estamos vendo em outras disciplinas:
1) Ben Kauffman, fundador da Quirky comentou "Para lançar meu primeiro produto no mercado meus pais tiveram que hipotecar a casa, eu tive que viajar para a China e aprender mil coisas, manufatura, varejo, logística. Tive que aprender sozinho todos esses passos e vi que era muito difícil."
Ou seja, adquirir novos conhecimentos custa caro e pode fazer naufragar uma ideia. Podemos fazer a analogia com o plano de negócios: se tiver uma ideia brilhante, não espere, dê um jeito e faça... logo!
Mais adiante ele fala "Tire o componente "sorte", tire a circunstância e seja criativo. Seja criativo e deixe o resto com a gente."
Em síntese, seja criativo, seja firma, e não apenas organização.
3) O comentário final de Ben Kauffman foi "Quando se tem uma grande ideia, a imitação é de alguma forma o melhor elogio, eu diria. Mas será muito difícil replicar a Quirky nesse momento. Se parar para pensar, já temos um ciclo completo, definido e aprovado. Desde o envio da ideia até a relação com o varejo. Para uma nova empresa entrar na jogada, já estamos 6 anos à frente. Eu receberia bem a concorrência, mas não gostaria de estar na pele deles. Estou feliz onde estou!"
Vejam que ele sabe que o modelo será replicado, mesmo tendo uma ideia inovadora. O modelo sempre é imitado. Mas ele também sabe que detém muito mais conhecimento que todas as outras empresas e que quando chegar o momento de ser imitado, provavelmente dará um salto para aumentar a especificade tecnológica que o fará se manter como firma autônoma (conceitos vistos na última aula do Paulo) no mercado.
Além disso, é interessante ver que a Quirky internalizou os custos de todos os processos, desde o desenvolvimento da ideia e do protótipo até sua comercialização. Na última aula do Paulo também vimos que o que faz uma empresa internalizar esses custos é o conhecimento: quando ela sabe como fazer, não "terceiriza" mais, faz ela mesma. E a Quirky fechou o ciclo de produção e comercialização. Muito bom!
Beijos,

Valeria - terça, 29 maio 2012
 
Olá novamente!
Saiu uma matéria sobre as 20 ideias de negócios sustentáveis que serão mostradas na Rio + 20, pelo SEBRAE.
Lavanderia
• Pousada
• Fábrica de Cerâmica
• Fábrica de Embalagens Ecológicas
• Fábrica de Aquecedor Solar
• Restaurante Natural
• Lava-Jato
• Produção de Biojoias
• Hotel Fazenda
• Reciclagem de lixo eletrônico
• Gráfica
• Fábrica de Cosméticos Ecológicos
• Indústria de Pavimento Ecológico
• Fábrica de Calçados Ecológicos
• Retífica Ecológica
• Indústria de Reaproveitamento de Resíduos
• Coleta e Reciclagem de Resíduos da Construção Civil
• Carpintaria Verde
• Fábrica de Conservas
• Organizadora de Eventos Carbono Neutro
O link é: http://www.agenciasebrae.com.br/noticia/13522484/desenvolvimento-sustentavel/sebrae-mapeia-ideias-de-negocios-sustentaveis/
Diante da evolução nas nossas discussões, pergunto: Essa relação é composta de econegócios ou negócios sustentáveis? O que acham? Eu sei, não dá para saber, mas no site do Centro SEBRAE de Sustentabilidade tem uma matéria sobre cada um desses negócios.
Abraços,

Gabriele - terça, 29 maio 2012
 
Olá!
Bom, para contribuir com o debate dos conceitos, trouxe mais um: o do empreendedorismo sustentável.  Acho que está mais alinhado com o conceito de econegócio. Esse é um resumo de um trabalho da anpad pra quem se interessar (http://www.anpad.org.br/trabalho_popup.php?cod_edicao_trabalho=10727): 
Enquanto o empreendedorismo tem seu foco na criação de valor econômico (SHANE,2000), o empreendedorismo sustentável amplia este objetivo e engloba também o desenvolvimento sustentável e seus benefícios sociais e ambientais (JACOBS, 1995). O conceito do empreendedorismo sustentável envolve, portanto a identificação, criação e exploração de novos negócios que encontrem no desenvolvimento econômico, a solução de um problema ambiental e social. Assim, de forma a entender o processo empreendedor como forma de estímulo do desenvolvimento econômico e solução de problemas ambientais e sociais, este artigo teórico analisa as fontes e o processo de descoberta de oportunidades de negócios sustentáveis. Especificamente discute a evolução do conceito de empreendedorismo sustentável; como as soluções para problemas ambientais e sociais podem se constituir em oportunidades de negócios sustentáveis; e que fatores influenciam na identificação destas oportunidades pelos empreendedores na criação de novos empreendimentos.

Ana Paula - quarta, 30 maio 2012
 
Bom dia povo,
Olhando os sites que o Alan postou, encontrei algumas coisas sobre o “startup thinking”, que pelo visto não foi um conceito que eu criei heheh
O site (http://www.theequitykicker.com/2010/12/17/applying-lean-startup-thinking-to-raising-money/) apresenta uma matéria sobre aplicar a “lean startup thinking” para arrecadar recursos financeiros. A matéria afirma que aqueles que estão familiarizados com as obras de Steve Blank e de Eric Ries devem conhecer as vantagens de ser claro sobre o seu produto e suas hipóteses de mercado e, então, minimizar tempo e recursos para testar essas hipóteses. Faz sentido ter a mesma abordagem para levantar recursos financeiros para as startups. O objetivo deve ser o de descobrir o mais rápido possível (para evitar a perda de recursos/tempo) se a empresa terá um financiamento bem sucedido, ou seja, se seu produto se encaixa com o mercado de clientes – e, em caso negativo, saber se é sensato e viável mudar o que se tem para poder ser bem sucedido.
De acordo com o site, em termos práticos, significa o seguinte:
1. Desenvolver uma hipótese para explicar porque seu negócio será atrativo para o mercado consumidor – grande mercado, excelente produto, ótima equipe e assim por diante (isso vai se tornar o núcleo de seu plano de negócios deve chegar a essa fase). Ou seja, descobrir a lacuna do mercado!
2. Sair do escritório e testar a hipótese de com quem quiser ouvir, e melhor será se este público se aproximar de um cliente real. Será que todo mundo acha que tem um grande mercado, produto, da equipe? Isso deve ser feito muito antes de a empresa querer levantar o dinheiro – torna mais fácil para começar uma conversa em primeiro lugar e aumenta a precisão do feedback.
3. Olhar além das palavras as pessoas usam para tentar descobrir o que realmente pensam. A maioria das pessoas são gentis e não vai querer acabar com o seu sonho, mesmo se eles acham que é ridículo.
4. Conversar com muita gente. Este ponto vem com uma ressalva – se não houver feedback positivo das discussões iniciais não há sentido em simplesmente ampliar a rede em busca de investidores.
5. Deixar-se envolver todos os comentários e dar um novo olhar para as hipóteses. Avaliar se as hipóteses ainda detêm e, consequentemente, quer se é possível levantar dinheiro (ao decidir financiar o negócio a partir de receita ou de alguma outra fonte) ou alterar o negócio e voltar para o passo 1.
A boa notícia é que a maioria dos bons investidores são acessíveis para fornecer este tipo de feedback. A ideia da aplicação da startup thinking é passar o ciclo o mais rapidamente possível.
O outro site (http://startupowl.com/resources/before-you-start/strategic-thinking/) aborda mais a questão do pensamento estratégico da startups. Todas as empresas passam por ciclos de vida, o que não é um progresso linear: inicialização, crescimento, declínio, renovação ou a morte. Muitas vezes, existem “loops de feedback”, e mini-ciclos de vida dentro do todo. Na empolgação de iniciar um negócio, é essencial considerar as implicações dos prováveis futuros para ele. A matéria do site se volta mais para a parte de planejamento estratégico, e, em minha opinião, não relaciona o conceito de startup thinking com as estratégias consideradas com o planejamento das empresas.

Ana Paula - quarta, 30 maio 2012
 
Povo,
Encontrei em um site muito interessante (http://www.ideastostartups.com/), uma matéria que fala sobre maneiras de saber se pode haver um mercado para a ideia de inicialização (http://www.ideastostartups.com/assessing-ideas/the-two-best-ways-to-know-if-there-might-be-a-market-for-your-startup-idea/).
O primeiro passo para avaliar se a sua ideia de inicialização tem qualquer valor potencial é descobrir se existem usuários reais querem o seu produto. Em outras palavras, se a empresa está olhando para ver se há um mercado onde o produto seja uma solução para um problema real existente. A fim de minimizar seus riscos, é preciso minimizar a “adivinhação” – a única maneira de fazer isso é parar de pensar sobre a ideia e conversar com reais potenciais clientes.
Quando você cria uma startup, você quer validar a sua hipótese sobre seus clientes, seu mercado e seu produto. Você não pode adivinhar o que as pessoas querem, mesmo quando você sente que poderia ser um usuário para o seu próprio produto. Você precisa ter uma visão maior, mais clara do mercado.
Além disso, a matéria dá algumas indicações para leituras:
- The Four Steps to the Epiphany, por Steve Blank: realmente um grande livro sobre como construir um produto que importa. Mas, é um pouco orientado para produtos B2B, com ciclo mais longo de vendas.
- The Entrepreneur's Guide to Customer Development: A cheat sheet to The Four Steps to the Epiphany: é uma versão mais curta do livro anterior. É claro e organizado de uma maneira passo-a-passo.
- How to Know if Your New Business Idea Has Wings…Before You Take the Lead: o livro é um cartão de pontuação com 44 elementos que permitem ver rapidamente se a sua ideia pode funcionar ou não. Uma vez que você estiver acostumado com o sistema, ele permite que você faça uma primeira avaliação em menos de uma hora.
- What Customers Want: Using Outcome-Driven Innovation to Create Breakthrough Products and Services: este livro apresenta um sistema para criar resultados orientados por inovações. Ele apresenta um poderoso sistema para entrar em um mercado existente com êxito quando você planeja fazer um "produto melhor", focando o resultado desejado.
- Jump Start Your Business Brain: The Scientific Way To Make More Money: a primeira parte deste livro dá três elementos-chave que são fundamentais para tornar seu negócio bem-sucedido: benefícios evidentes, reais motivos para o cliente que acredita que sua oferta, e uma dramática diferença entre você e sua concorrência.
“Fundadores precisam sair do edifício (física ou virtualmente) para testar suas hipóteses contra a realidade. Há momentos em que os clientes vão dizer-lhe algo que você não quer ouvir. Ou você vai ouvir algo completamente inesperado ou contrário ao que você esperava”. Steve Blank

Uiara - quarta, 30 maio 2012
 
Puxa vida, é só ficar umas horinhas sem acessar que o fórum bomba... não vou mais dormir, hehehe...
Encontrei, nas Pequenas Empresas Grandes Negócios (edição de Fevereiro/2012), uma lista de Seis empresas sustentáveis e premiadas. Essas empresas brasileiras foram selecionados para participar do programa New Venture, que oferece suporte para empresas voltadas para a sustentabilidade em países emergentes. Uma oportunidade para empreendedores Brasileiros aproveitar a biodiversidade e investir em negócios de menor impacto.
Essa New Venture é um centro para o empreendedorismo ambiental - prestação de serviços de desenvolvimento de negócios para o ambiente com foco em pequenas e médias empresas (PME) em mercados emergentes. Além disso ela aborda os principais obstáculos ao crescimento "verde" do meio empresarial através da construção de redes em países de apoio às empresas ambientais e aumentar o seu acesso ao financiamento.
Até mais

Patrícia - quarta, 30 maio 2012
 
Val, eu não encontrei as reportagens no site, só a citação, são reportagens com exemplos reais? 
Pelo que entendi tem várias ações indicadas, mas talvez efeitos mitigadores, como fica expresso na fala que eu copiei aqui: "Uma pousada pode trocar as lâmpadas que consomem muita energia por as que utilizam menos;  instalar temporizador que aciona a luz somente quando necessário; mudar a sua matriz energética e captar energia por meio de painéis solares;  usar tanques para armazenar água da chuva para o aproveitamento em procedimentos que não exijam água potável. Para cada um dos negócios existem sugestões de como diminuir o impacto ambiental", diz o diretor de inovação e tecnologia da instituição.

Patrícia - quarta, 30 maio 2012
 
Muito legal o exemplo das seis empresas! Interessante que tem empresa que, pegando o exemplo de construção, propõe soluções para depois que o estrago está feito (Estação Resgate), e também que faz o menor estrago possível (Tecverde)
Adorei a ideia da Tecverde, encontrei um vídeo em que o diretor (um guri!) mostra a parede da casa e explica um pouco do processo, e também um consultor fala um pouco de como foi o processo da criação da empresa.
http://www.youtube.com/watch?v=9cXTViPMeMo 

Patrícia - quarta, 30 maio 2012
 
Sobre a Quirky, super ideia, como diria o professor Paulo, o tal Ben é o verdadeiro "Firmo"! Fui buscar informações, e em termos de dar vida aos inventos, perfeito, mas eles consideram as dimensões da sustentabilidade? Se preocupam com materiais usados? Usam o design thinking? Ficou claro pra mim que valorizam o design, mas não percebi preocupações ambientais, por exemplo, no método quirqy. No site oficial tem um video de 6 minutos, bem interessante: http://www.quirky.com/
Essa figura descreve o método de trabalho deles:




Valeria - quarta, 30 maio 2012
 
Oi Pati
Eu também não vi nada sobre a Quirky que indicasse que a empresa leva em consideração a sustentabilidade em nenhuma de suas práticas. No meu post de ontem à noite justamente enfatizei que era uma ideia interessante porque podemos correlacionar com o conteúdo das aulas do Paulo. Esse Ben é mesmo o tal "Firmo".
A meu ver a ideia da Quirky é super inovadora pelo modelo do negócio a que se propôs, fechado em um ciclo completo. E aí a gente fala apenas de business design e tem tudo a ver com o design thinking, o pensar um mesmo produto ou processo de maneira diferente, colocando as pessoas (o ponto de vista do usuário) no centro do desenvolvimento de um projeto para gerar resultados diferentes dos atuais, desde que haja resultados financeiros e que seja tecnicamente viável.
Para mim, o design thinking está muito correlacionado à inovação, com o pensamento analítico e intuitivo.
Beijo,

Valeria - quarta, 30 maio 2012
 
Oi...
Como o Márcio citou o Tim Browm, CEO da empresa de inovação e design IDEO, achei um TED interessante em que ele nos incita a pensar o design como algo diferente. Está em inglês e sem legendas, mas é bem fácil de entender.
Selecionei o seguinte trecho, que dá uma ideia geral do que ele se propõe a tratar nesse TED: “Eu gostariade sugerir que se tivéssemos uma visão diferente do design e se focássemos menos no objeto e mais no design thinking como uma aproximação, então nós poderíamosver resultados com maior impacto.”
Ele fala da mudança da visão de design para o design thinking,enfatizando alguns pontos:
1. Design é um sentido humano. Ele pode integrar tecnologia e economia, mas começa nas pessoas, no que elas precisam ou deveriam precisar para tornar suas vidas mais fáceis e divertidas. É preciso entender o contexto e a cultura antes de começar a ter ideias. Ao invés de começar com a tecnologia,deve-se começar pelas pessoas e sua cultura.
2. Do consumo à participação. O design thinking deve começar pelo potencial de participação das pessoas.
3. O design é muito importante para ser deixado apenas aos designers.
4. Mudança. Em tempos de mudanças, precisamos de novas ideias, novas alternativas.
5. Convergência
E finaliza com o seguinte comentário: “O primeiro passo é começar pela pergunta certa.”
O link é: http://www.ted.com/talks/lang/en/tim_brown_urges_designers_to_think_big.html
Beijo

Valeria - quarta, 30 maio 2012
 
Esses negócios sustentáveis estão relacionados no site do Centro SEBRAE de Sustentabilidade (http://www.sustentabilidade.sebrae.com.br/portal/site/Sustentabilidade/menuitem.381da9323b6b313e73042f20a27fe1ca/?vgnextoid=0a08adc80afa5310VgnVCM1000002af71eacRCRD&vgnextfmt=default).
Tem uma curta matéria de cada um. A meu ver, a maioria apresenta ações de mitigação de danos ambientais o que, pelo que discutimos sobre o conceito de econegócio, não classificaria essas empresas como econegócios. Se alguém quiser contribuir com algum comentário...
Beijo

Camila - quarta, 30 maio 2012
 
Após a leitura do material e toda discussão do fórum, acho que ficou bem clara a diferença entre negócio sustentável e econegócio. Na verdade, os conceitos estavam bem relacionados ao que discutimos em aula. O que fiquei pensando foi então que um econegócio também é um negócio sustentável, mas a recíproca não é (necessariamente) verdadeira.
Sobre Design Thinking, achei genial. Acho que está bem relacionado também com a questão dos coletivos, e os conceitos de crowdfunding, crowdsourcing… acho que é uma macro tendência que veio para ficar. 
Sobre Lean Startup, acho que um exemplo bem prático são as versões beta, lançadas para uso dos consumidores e que vão sendo aprimoradas ao longo do tempo. Isso acontece muito no mundo digital, como forma de tentar reduzir a incerteza… concordo com o que o Ismael falou, que a incerteza é algo inerente ao negócio. Na verdade, é uma das certezas que se tem.
Enfim, sobre essa questão de econegócio x negócio sustentável, achei alguns links legais pra compartilhar. O primeiro é do Starbucks, que não é um econegócio, mas sim um negócio sustentável. Eles possuem várias práticas que buscam economia de energia, cadeia de suprimentos sustentáveis, enfim… e agora eles estão projetando e construindo as lojas a partir da utilização de produtos de origem local, reutilização e reciclagem de materiais, a fim de reduzir o impacto ambiental que as lojas Starbucks tem no planeta. Segue o link para conhecer melhor: http://www.starbucks.com/responsibility/environment/explore-green-store
Outro link legal é o do Instituto-e, um projeto fundado pelo estilista da Osklen, Oskar Metsavaht, que na verdade é uma organização sem fins lucrativos, com o objetivo de estimular o desenvolvimento sustentável por meio de ações de proteção ambiental e inclusão social.
http://www.institutoe.org.br/colecaoa21
“A nova coleção da Osklen para o inverno 2012 - A21 - foi inspirada no Instituto-E através do tema Agenda 21, documento resultante da conferência Rio-92, que estabeleceu a importância de cada país em buscar soluções para os problemas sócio-econômicos e ambientais do mundo.
O destaque da coleção A21 são as peças desenvolvidas com e-fabrics, projeto permanente do Instituto-E que identifica matérias-primas sustentáveis para utilização na indústria têxtil e na cadeia produtiva da moda, criando uma cultura de consumo consciente. Os e-fabrics da coleção são: pele de pirarucu e salmão, seda e algodão orgânicos, além da lona eco. 
O lançamento da Coleção antecede a Rio+20 - Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável - que celebrará os 20 anos pós Rio-92, em junho deste ano, no Rio de Janeiro.”
Ah! Ainda sobre a Rio+20, pra quem não leu ainda, a Exame CEO de abril (vi pra vender ainda essa semana) é toda especial sobre Economia Verde e Rio+20. Ainda não terminei de ler, mas acho que vale a pena.
E por fim, achei um exemplo bem legal de copos que foram desenvolvidos como uma alternativa aos copos de café que eram utilizados.. é um copo muito mais sustentável. Segue o link da matéria:http://www.ciclovivo.com.br/noticia.php/4942
Bjs, Mila.

Patrícia - quarta, 30 maio 2012
 
Tem uma que me chamou muita atenção: Ekofootprint, de Belo Horizonte. Muito show! Gráfica que usa tecnologia à cera sólida, que é mais sustentável que laser e por incrível que pareça custa menos! 
Ao baixar o consumo energético (menos 30 a 40%, durante a produção), de insumos e a geração de resíduos, a Ekofootprint  pode oferecer melhores preços à clientela. Enquanto uma cópia colorida de folha A4 custa R$ 2,50 nas gráficas com tecnologia a laser, na gráfica sustentável custa de R$ 0,25 a R$ 0,99.

Patrícia - quarta, 30 maio 2012
 
Incríveis os copos mesmo Camila! E como será o custo? Eles não comentam nada na reportagem sobre custo e adesão... Outra coisa que eu fiquei em dúvida é se a ideia era ser retornável, porque falam que é reutilizável, falam do material e produção mais sustentáveis, mas não comentam do resto. Então fui atrás do site dele e encontrei: http://www.keepcup.com/
Muito legal o site, tem inclusive na parte da sustentabilidade um lugar pra calcular a "pegada" da pessoa que toma café "to go".
E, se alguém quiser dar de presente, eles mandam para qualquer lugar do mundo, por 21 dólares! Obs.: meu aniversário faz pouco tempo que passou, então, se alguém quiser me presentear, é uma boa a dica! hehehehe

Uiara - quarta, 30 maio 2012
 
Pessoal, como não tenho o e-mail de todos vou postar aqui, caso interesse a alguém:
***Tem bastante a ver com o nosso tema da disciplina, por isso achei interessante de compartilhar
 Rio + 20 e “Mercado Verde”:
Palestra com  Larissa Packer (Terra de Direitos) e Camila Moreno (CPDA/UFRRJ)
Organização: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR/UFRGS), Fundação Zoobotânica do RS e Amigos da Terra-Brasil,
Quando: Sábado, 02 de junho, Porto Alegre
Onde:  Auditório da FZB -RS (manhã)  e IAB (tarde)
Rio + 20 e “Mercado Verde”:
Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e REDDs no contexto da flexibilização ambiental.
Para além do embate entre ambientalistas e o agronegócio, as alterações no Código Florestal Brasileiro dialogam com outras iniciativas em curso que têm como objetivo instaurar e garantir segurança jurídica ao novo paradigma da Economia Verde. Tema central da Cúpula Internacional sobre Desenvolvimento Sustentável -  a Rio+20  - que terá lugar no próximo mês na cidade do Rio de Janeiro, a Economia Verde vem se constituindo rapidamente no novo discurso hegemônico, respaldado pelas agências das Nações Unidas como o PNUMA, PNUD, FAO, organismos multilaterais como Banco Mundial, BID, OCDE, setor privado, bancos, consultorias e ONGs. 
A novidade da Economia Verde é a aposta na valoração econômica do Capital Natural, materializado nos bens e serviços ecossistêmicos, e sua transformação em “ativos ambientais”, passíveis de apropriação privada, titularização e negociação nos mercados globais. Para os críticos desta proposta, está em questão um novo momento de acumulação, uma demanda estrutural do capital financeiro pós-crise de 2008 e que precisa se realizar nos territórios, nos recursos naturais e na criação de novos mercados, como já são os mercados de carbono e como se desenham os mercados de serviços ambientais, compensações de biodiversidade e água.   
Contexto Nacional
Com a proximidade da Rio+20, o Brasil corre para fazer o ‘dever de casa’ e acelerar a aprovação de um marco legal modelo, que mostre ao mundo o potencial e a preparação para entrar como líder nas oportunidades da Economia Verde. Neste pacote, além do Código Florestal, estão o PL 792/2007 que define uma ‘política de pagamento por serviços ambientais’ no país e o PL 195/2011 que institui um ‘sistema nacional de REDD+’. 
De forma acelerada os mecanismos da economia verde e de valoração econômica, incentivos positivos e pagamentos por performance ambiental estão sendo incorporados em programas e políticas públicas municipais, estaduais e federais, reforçando o campo do ‘ambientalismo de mercado’ e da conservação ambiental como uma grande oportunidade de ‘negócios verdes’ e de lucro. 
Pontos críticos para o debate
Mas quem ganha e quem perde com estes novos mercados? Quais os impactos destes novos direitos de propriedade e novos contratos de serviços ambientais sobre a conjuntura do campo brasileiro hoje? Em que implica a mercantilização da natureza para os bens comuns e para a vida nas cidades?
Venha conhecer os principais argumentos e análises críticos, trazer sua experiência e reflexão e debater em conjunto.

Minelle - quarta, 30 maio 2012

Essa ideia do impossível eliminar as incertezas que o Ismael levantou é super interessante, tanto para o processo de aprendizagem organizacional que a partir das variações de mercado e do posicionamento assumido no mesmo consegue destacar um tipo específico de performance organizacional, quanto para a ideia de permanência de mercado já que essas "desordens" já são consideradas como possíveis emergências que criam processos de planejamento e monitoramento das atividades organizacionais desenvolvidas ao longo do tempo.
Com relação ao plano de negócios fica clara a ideia de que o mesmo se faz necessário em certas ocasiões, mas que como a valéria citou em um exemplo de vivência as vezes pode interferir no processo. Agora como seria implantar um negócio, com produtos, processos, eu com essência sustentável não levando em consideração essa ferramenta? Será que dentro da visão que se tem hoje, buscando trazer um novo pensamento (ou nicho de mercado, como queiram) ele não se mostraria condição sine qua non? Só reflexão mesmo...

Minelle - quarta, 30 maio 2012
 
As entrevistas que o Felipe postou, principalmente a que a Ana destacou, mostram que a diferença clara entre pequenas expressões interferem diretamente na essência para a qual foram criadas. Percebam que o que a gente tem discutido em sala de aula não é simplesmente por acaso, falo principalmente por mim quando sou o chato que me preocupo com as nomenclaturas, há interferência geral em como se vê os fatos. Dai baseando-se nessa entrevista, considerando que são válidas todas as ações desenvolvidas para um novo condicionamento dos recursos existentes, me pergunto se os negócios sustentáveis não seriam a opção mais plausíveis na construção de um nova visão. Isso porque o econegócio foco em um aspecto pontual (voltado para o ambiente) sem considerar (teoricamente) os impactos em outras áreas. Me questiono ainda sobre a amplitude dessas ações, local, regional, global, existiria um foco específico a ser observado ou tudo é aceitável?? Mais reflexões...

Minelle - quarta, 30 maio 2012
 
Encontrei esse link muito interessante (http://blog.lojadeconsultoria.com.br/inspiracao/mapeamento-de-negocios-sociais-no-brasil-infograficos/), pena que já no fimzinho do segundo tempo, acho que poucos vão olhar!! Ele fala sobre negócios sociais, dai queria levantar uma discussão se esses também podem ser incluídos no contexto de econegócios ou negócios sustentáveis e quais seriam as implicações existentes com esse foco maior na sociedade.
Abraços

Uiara - quarta, 30 maio 2012
 
Ainda sobre o Eric Ries, no mesmo site que a Valéria indicou aparecem uns mitos e verdades sobre a Lean Startup.
Mito: Lean significa "barato". Lean Startups tentam gastar tão pouco dinheiro quanto possível.
Verdade: O método de Lean Startup não é sobre o custo, é sobre a velocidade. Lean Startups desperdiçam menos dinheiro, porque elas usam uma abordagem disciplinada para testar novos produtos e idéias. Lean, quando usado no contexto de lean startup, refere-se a um processo de construção de empresas e produtos utilizando princípios de fabricação enxuta aplicados a inovação. Esse processo envolve rápidos testes de hipóteses, a aprendizagem validado sobre os clientes e uma abordagem disciplinada para o desenvolvimento do produto.
Mito: A metodologia de Lean Startup é apenas para Web 2.0/internet/empresas de software.
Verdade: A metodologia de Lean Startup se aplica a todas as empresas que enfrentam a incerteza sobre o que os clientes vão querer. Isto é verdade independentemente da indústria ou até mesmo da escala da empresa: muitas grandes empresas dependem de sua capacidade de criar inovação disruptiva. Esses gerentes gerais são empresários, também. E eles podem se beneficiar da velocidade e da disciplina de começar com um produto mínimamente viável e então aprender e interagir continuamente.
Mito:Lean Startups são pequenas startups "bootstrapped" (não sei traduzir).
Verdade: Não há nada de errado com aumento de capital de risco. Muitas Lean Startups são ambiciosas e são capazes de implantar grandes quantidades de capital. O que as diferencia é sua abordagem disciplinada para determinar quando gastar dinheiro: depois que os elementos fundamentais do modelo de negócio tenham sido empiricamente validados. Porque Lean Startups focam na validação de seus pressupostos mais arriscados em primeiro lugar, às vezes elas cobram dinheiro para o seu produto desde o primeiro dia - mas nem sempre.
Mito: Lean Startups substituir visão com dados ou feedback do cliente.
Verdade: Lean Startups são dirigidas por uma visão convincente e são rigorosas sobre o teste de cada elemento dessa visão contra a realidade. Elas usam desenvolvimento do cliente, split-testes e análises acionáveis como veículos para aprender sobre como fazer a sua visão de sucesso. Mas elas não fazem cegamente o que os clientes lhes dizem, nem mecanicamente tentam otimizar números. Ao longo do caminho, elas articulam longe dos elementos da visão que são delirantes e double-down sobre os elementos que mostram ser promessa.

Ana Paula - quarta, 30 maio 2012
 
Pois é, Pati e Camila, concordo que a ideia dos copos é muito boa!! Eu já tinha postado no fórum sobre ecomoda e ecodesign, juntamente com outros produtos que foram reprojetados ou reaproveitados para ampliar seu ciclo de vida - o que implica em redução de seus impactos ambientais. A reportagem afirma que o KeepCup é um copo de café completamente reciclável, reutilizável, personalizável, durável e térmico. De acordo com seus fabricantes, o produto é capaz de manter um líquido quente por pelo menos meia hora. Logo... Sou super a favor da implantação do KeepCup na cafeteria da EA!!! hehehe 

Uiara - quarta, 30 maio 2012
 
Oi Minelle, eu não entendi bem o teu questionamento do segundo post. Poderias explicar melhor?

Uiara - quarta, 30 maio 2012
 
Nas minhas pesquisas achei um site que traz dicas de como fazer um casamento sustentável. Hehehe... Essa é pra ti Gabi...
Esse pode ser um nicho de negócios tb..hehe

Ana Paula - quarta, 30 maio 2012
 
Acredito que, pegando os exemplos que a Pati lançou (de construção), temos um exemplo de econegócio e de negócio sustentável. O vídeo sobre a Tecverde, casa sustentável, é muito legal!!! E o que eu achei interessante foi a transferência de tecnologia, uma parceria firmada entre o governo alemão e órgãos brasileiros para que o que já era consolidado lá, encontrasse um novo mercado no Brasil. Além da tecnologia e da inovação, a questão ambiental é importante no posicionamento da empresa. E fiquei com vontade de conhecer a casa modelo da empresa em Curitiba! A partir do vídeo sobre a Tecverde, encontrei um vídeo institucional da Tecverde (http://www.youtube.com/watch?v=iZGaPIWgzqM&feature=related). A Tecverde desenvolve projetos sustentáveis com conforto térmico e acústico, menor consumo de energia, redução na geração de CO2 e resíduos oriundos da obra.


RODRIGO - quinta, 31 maio 2012
 
Brevemente, para mim, econegócio é o aproveitamento de uma oportunidade que vise melhorar o ambiente. Seu sistema produtivo e/ou de serviço pode ou não ser sustentável. Logo, um negócio sustentável é aquele que respeita e segue os princípios d eminimização de resíduos e impactos.
Ex de econegócio: Biocomposto, Reciclo de água, descontaminação de lâmpadas..
Ex de negócio sustentável: Aquele que usa preceitos de MDL, fornecedores certificados, não exploração de mão de obra. Não me arrisco em citar nomes mas saiu uma lista que citas os 20 + sustentáveis como sendo esses:
Accor - No primeiro dia de trabalho, os funcionários aprendem que ações relacionadas à sustentabilidade precisam ser incorporadas ao dia-a-dia de suas atividades
Acesita - A empresa investe em programa de empresa júnior para estudantes do ensino médio. O desafio é melhorar a qualificação de sua própria mão-de-obra
Amanco - Reduzir o consumo de água e de outros insumos é uma obrigação que afeta diretamente o bolso de seus executivos
Aracruz - Destaque no mercado financeiro mundial por suas políticas de sustentabilidade, é a única empresa florestal no mundo a figurar no Índice Dow Jones de Sustentabilidade da bolsa de Nova Yokr
Arcelor Investe 270 milhões de reais em programas de gestão ambiental e reduz o uso de insumos não renováveis na produção de aço
Basf - Redesenhou toda a sua estrutura de produção e acabou se tornando uma pioneira em seu setor
Braskem - A companhia colocou a sustentabilidade no centro de sua estratégia de expansão dos negócios
Caterpillar - Instalada em Piracicaba há três décadas, a empresa liderou a criação de uma agenda de crescimento sustentável para o município
CPFL - Ao aumentar a produtividade de suas usinas, a empresa está conseguindo acumular créditos de carbono para financiar seus projetos ambientais
Elektro Com - O projeto Energia Comunitária, a empresa colabora para a reurbanização de áreas pobres e melhora a qualidade de vida de milhares de pessoas nas cidades onde atua
IBM - Incentiva o uso da capacidade ociosa de computadores em pesquisas voltadas para a saúde e o meio ambiente
Itaú - Lançou o primeiro fundo de investimento que permite ao correntista contribuir para neutralizar os gases que destroem a camada de ozônio
Mapfre - O projeto de segurança viária da empresa atinge 2,5 milhões de alunos da rede pública estadual paulista e vira referência em educação de trânsito
Natura - Pioneira em sustentabilidade no Brasil, a empresa possui um dos programas de neutralização de carbono mais eficazes
Philips - Para ganhar mercado, a subsidiária brasileira aposta em equipamentos que consomem menos energia
Promon - A empresa dissemina o conceito de “edifício verde” e exige que seus fornecedores também adotem práticas sustentáveis nos negócios
Real - O banco transforma seus funcionários em agentes multiplicadores de práticas sustentáveis. A remuneração dos executivos está vinculada ao desempenho da instituição também nas dimensões social e ambiental.
Serasa - Incentiva o engajamento dos funcionários e troca o modelo de simples doações por consultorias completas em gestão de instituições beneficientes
Suzano - Ao adotar o conceito de sustentabilidade, a Suzano conseguiu expandir a produção e valorizar suas ações na Bovespa
Unilever - Ao mudar o formato das embalagens de seus produtos, a subsidiária brasileira diminuiu em quase 305 o consumo de papel


Fernando - segunda, 4 junho 2012
 
Na 'startup' enxuta, inovação acontece dentro do mercado
http://classificados.folha.com.br/negocios/1099269-na-startup-enxuta-inovacao-acontece-dentro-do-mercado.shtml

Fernando - sexta, 8 junho 2012
 
Estudo traz sugestões para economia verde no Brasil
A transição do Brasil para uma economia verde e sustentável depende da maior frequência de reajustes nos preços dos combustíveis fósseis, com base na variação do barril de petróleo no mercado internacional. É o que aponta coletânea de estudos elaborada pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS). Para fundação, a quase ausência de aumentos de preços dos combustíveis fósseis no mercado interno impede a competitividade dos biocombustíveis no Brasil.
A coletânea, elaborada dentre agosto de 2011 e maio desde ano, teve patrocínio da Ambev, BNDES, JSL, Light, Shell e Tetra Pak e investimento de R$ 540 mil. Os levantamentos, que contêm propostas para diferentes setores da economia brasileira, foram entregues à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e serão levados à conferência das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável, a Rio+20, de 13 a 22 de junho, no Rio.
O diretor superintendente da FBDS, Walfredo Schindler, afirmou que o objetivo dos estudos é trazer propostas para implementação imediata. Como não é objetivo da Rio+20 trazer metas de curto prazo, a expectativa da fundação é que os assuntos sejam conhecidos e discutidos em um primeiro momento, e possam ser tratados com mais atenção após a conferência.
Um dos 12 estudos que compõe a coletânea, intitulada "Diretrizes para uma Economia Verde no Brasil", defende a incorporação dos impactos ambientais e sociais aos custos da energia. Isso, na prática, elevaria os preços reais da geração fóssil.
"A gasolina vem sendo mantida com preços artificialmente baixos há muito tempo", disse Schindler. Mas admitiu, no entanto, que as reservas do pré-sal são ativos importantes e o óleo continuará a ter papel de destaque na economia mundial.
Para Schindler, o programa de produção e uso de etanol de cana no Brasil representa "o mais importante programa de energia renovável do mundo e equivale a economia de quase um milhão de barris de petróleo por dia". Essa análise leva em conta produção de biocombustível líquido e eletricidade. Nos últimos 33 anos, segundo Schindler, a produtividade do etanol aumentou 3,6 vezes. "Hoje, utilizamos 27% da área de cana para produzir a mesma quantidade de etanol produzida nos anos 70", disse.
Em relação à geração de energia elétrica, Schindler destacou que o Brasil "ainda tem a matriz energética muito limpa" em comparação com a média mundial. Entretanto, ressaltou que a quantidade de termelétricas a combustíveis fósseis tem crescido, principalmente por causa de questões ligadas à segurança energética, dificuldades para obtenção de licenciamento ambiental para hidrelétricas e complicações para o aproveitamento do potencial hídrico amazônico. Segundo ele, dos cerca de 55% do potencial hidrelétrico que ainda há para explorar no país, cerca de 70% está na Floresta Amazônica.
Dentre as propostas para aumentar a geração está o incremento da energia eólica. "De 15% a 20% da nossa demanda poderia ser suprida por meio de energia eólica", disse Schindler. Segundo ele, entre 2009 e 2011 foram investidos quase R$ 30 bilhões, correspondentes à contratação de uma capacidade de 5.785 MW. Isso permitirá que a participação da energia eólica passe de pouco menos de 1% para mais de 5% da capacidade instalada de geração de energia no país, até 2014.
Outra defesa do estudo é que a modernização de hidrelétricas mais antigas podem trazer ganhos de capacidade de 2,5% a 20%. Segundo Schindler, é possível efetuar programas de repotenciação em instalações que hoje correspondem a 32 GW instalados com custos de R$ 250 a R$ 600 por kW adicionado.
Além disso, o estudo afirma que, com o fim das concessões das usinas hidrelétricas, a partir de 2015, podem ser criadas diretrizes para que empresas e consórcios que fiquem com as concessões invistam em bacias hidrográficas com foco no uso múltiplo da água incluindo setores como agricultura, uso humano e transporte por rios.(Valor Econômico)

Fernando - sexta, 8 junho 2012
 
08/06/2012 - 06h58
Jogo no Facebook ajuda a financiar projetos socioambientais
DE SÃO PAULO
Imagine que você é o responsável por gerir os recursos de uma comunidade. Decide quanto de energia estará disponível para o funcionamento dos equipamentos, a quantidade de recursos naturais que poderão ser consumidos por dia. Quais produtos primários serão manufaturados e depois comercializados para gerar a economia da população.
Você poderá testar essas e outras habilidades com o game social Amazon Alive, lançado na última segunda-feira (4/6) pela WWF-Brasil e Quepasa Games. O jogo atua em conjunto com uma comunidade ribeirinha na Amazônia e tem o objetivo de incentivar nos jogadores noções de sustentabilidade.
Dentro do ambiente virtual é possível manejar os recursos da floresta, melhorar a estrutura do vilarejo com fim único de contribuir para a qualidade de vida das pessoas sem prejudicar a natureza. Criado para as mídias sociais, traz níveis que podem ser ultrapassados por meio de colaboração de amigos.
Apesar de ser gratuito, é possível usar dinheiro de verdade para comprar "ecocréditos" que trazem vantagens na pontuação. Assim os internautas podem ajudar, de forma lúdica e interativa, os projetos socioambientais da região Amazônica.
"Os recursos arrecadados reforçarão as atividades que já desenvolvemos na região como a produção de borracha, açaí, madeira e outras ações", explica Mauro Armelin, Coordenador do Programa Amazônia do WWF-Brasil.
O jogo está disponibilizado em 16 línguas e em breve também estará disponível no Orkut. Os usuários do Facebook já podem acessá-lo aqui

Fernando - sexta, 8 junho 2012
 
Governo quer beneficiar empresas verdes
Medidas em estudo na Fazenda preveem mais impostos para itens produzidos sem mecanismo de sustentabilidade.
O empresário que não investe em sustentabilidade na produção corre o risco de pagar mais impostos do que aquele que fabrica bens com responsabilidade social, ambiental e respeito ao consumidor. Entre as medidas em estudo pela equipe econômica para estimular a economia verde está a aplicação de uma carga tributária mais elevada sobre mercadorias que são produzidas sem mecanismos de sustentabilidade.
"A ideia é incorporarmos nos preços das mercadorias os aspectos negativos que elas trazem sob os pontos de vista ambiental e social", disse o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Carlos Cosendey.
Os estudos seguem o princípio de que o poluidor precisa pagar um preço pelos danos que causa. Segundo uma fonte da área econômica, dependendo da conjuntura, a tendência é a aplicação de uma sobretaxa a bens não sustentáveis. No entanto, não se descarta a possibilidade de redução de tributos, como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e PIS/Cofins. Assim, os agentes econômicos, ao tomarem suas decisões, também levariam em conta essa vantagem comparativa.
Alguns países desenvolvidos, como os europeus, têm mais tradição no uso deste mecanismo. No Brasil, é um tema novo e, aos poucos, esse tipo de medida está sendo aplicada setorialmente.
Por exemplo, no setor automotivo, a etiquetagem de eficiência é um dos requisitos para a montadora se candidatar ao regime. Já os produtores de biodiesel pagam menos tributos que os que oferecem no mercado combustíveis fósseis. "A incorporação ainda é feita de forma tópica e pontual. A tendência é cada vez fazer isso de forma mais sistemática, em mais setores", disse.
Esses estudos, explicou Cozendey, mostram que a sustentabilidade é um caminho sem volta, independentemente dos resultados que saírem da Rio+20. Ele acrescentou que o Ministério da Fazenda já vinha trabalhando no assunto, em razão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que previu uma série de ações setoriais e a discussão sobre mercado de carbono.
Ele citou propostas como compras públicas sustentáveis e protocolo verde na área financeira entre os exemplos. No segundo caso, os bancos se comprometeriam a fazer uma análise de sustentabilidade dos empreendimentos a serem financiados, antes de aprovar o crédito.
Na quarta-feira passada, o ministro da Agricultura Mendes Ribeiro Filho, divulgou o documento oficial de sua pasta para a Rio+20. O texto traz a avaliação do setor 20 anos após a Rio-92 e a contribuição para aumentar a produção de alimentos, conservar o meio ambiente, garantir a segurança alimentar e erradicar a pobreza nos próximos 20 anos.
(O Globo)

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